terça-feira, 8 de outubro de 2013
Avaliação da Aula.
A aula sobre música sul matogrossense, foi um conteúdo trabalhado com alunos do ensino fundamental e médio leitura de texto. Usamos em sala o laptop, para pesquisar e fazer as postagens.
Pontos positivos: Maior interesse da turma.
Os alunos interagiram comentando o texto.
Compreenderam bem a mensagem do texto.
Teve ótima aceitação por parte dos alunos.
Dificuldades encontradas: O tempo para aplicar as atividades.
Alguns alunos só tem acesso a internet na escola, o que atrasou um pouco as emissões dos comentários. E as aulas de arte tem pouca carga horária.
Mudanças: tempo para postagem.
tempo maior para a leitura, pois o aluno ainda não vê a internet também como instrumento de aprendizagem e possibilidade de leitura.
Os alunos produziram e pesquisaram em sala de aula, usando o laptop e o acesso ao blog. Foi uma experiência a mais para os alunos.
quarta-feira, 2 de outubro de 2013
Plano de Aula
Objetivo: Conhecer a história da música do MS, através da leitura do texto em anexo no blog.
Interagir de forma virtual na produção de texto e na aprendizagem.
Conteúdo: História da música raiz de MS.
Procedimento: Os alunos devem ler o texto postado no Blog, analisar e postar comentário a respeito do que entendeu e aprendeu do texto.
A atividade será desenvolvida em sala e postadas no laptop.
Avaliação:
A avaliação será considerada como nota de participação, e os comentários serão vistos pela professora como conclusão de conteúdo.
Objetivo: Conhecer a história da música do MS, através da leitura do texto em anexo no blog.
Interagir de forma virtual na produção de texto e na aprendizagem.
Conteúdo: História da música raiz de MS.
Procedimento: Os alunos devem ler o texto postado no Blog, analisar e postar comentário a respeito do que entendeu e aprendeu do texto.
A atividade será desenvolvida em sala e postadas no laptop.
Avaliação:
A avaliação será considerada como nota de participação, e os comentários serão vistos pela professora como conclusão de conteúdo.
terça-feira, 1 de outubro de 2013
A música do Mato Grosso do Sul, influências paraguaias
Orientações para o aluno postar o comentário sobre o texto abaixo.
Seguindo o modelo:
Nome: nº Ano:
A música do Mato Grosso do Sul, influências paraguaias
Diversidade
sem fronteiras*
*Matéria
realizada em 2004 pelo jornalista e músico Elânio Rodrigues para
concorrer ao concurso Rumos Jornalismo Cultural, do Itaú Cultural.
A
diversidade cultural do Oeste brasileiro se revela com força na
música. Artistas do Mato Grosso do Sul se expressam com alma
guarani, influência de onde o Brasil foi Paraguai. Melodias de um
Estado novo, formado por muita fauna, flora, rios e migrantes. Terra
em busca de uma identidade cultural própria, que se reformula
constantemente.
Era
a época dos grandes festivais de música da TV Record. Em Campo
Grande outros jovens e ainda inexperientes músicos também se
lançavam em concursos locais. Entre eles, a menina Lenilde Ramos.
Hoje, aos 52 anos (entrevista realizada em 2004), ela acredita que
aquela nova geração de músicos do sul do Mato Grosso ajudou a
construir inconscientemente a música urbana influenciada pelos
ritmos paraguaios, característica de muitos artistas do atual Mato
Grosso do Sul.
É
como se cada festival consolidasse mais esse movimento de interações
e identificações. Num pedaço do Mato Grosso ansioso pela divisão
e independência, uma geração buscava sua identidade regional.
Valorizaram seus laços com a Cultura Guarani a partir de outras
sonoridades já praticadas. Houve ainda aqueles que aclamaram o
universo pantaneiro como forte traço da identidade local.
“Tenho
uma visão feminina sobre essa influência. O MS já foi Paraguai e
nós crescemos dentro dessa barriga, bebendo dessa fonte. Agora,
temos um resgate com a música moderna, com uma linguagem definida”,
analisa Lenilde. Isso é um processo de reconhecimento de identidade
que, entre outras, é guarani. “Esta música está consolidada em
nossa corrente sanguínea”, defende.
BACIA
DO PRATA
Para
o cantor e compositor Guilherme Rondon, 52 anos (entrevista realizada
em 2004), a influência veio pelo rio, uma música com o Rio Paraguai
através da Bacia do Prata. A identidade local é formada pelas
influências das pessoas que vieram para cá e sofre constante
alteração. O descompromisso com tradicionalismos deixa os músicos
mais livres para interagir com os ritmos da fronteira, refazendo a
música com outras formas. “Nós demos nosso tempero. Tem um charme
especial que ajuda a criar nossa identidade”.
Apesar
da boa aceitação demonstrada pelo público, essa música ainda não
foi descoberta pelo Brasil e até o sul-mato-grossense desconhece sua
riqueza cultural. “A gente é tratado como algo a parte. Os poucos
espaços são disputados a tapa. Primeiro, precisamos ser respeitados
em nossa casa, sermos queridos, arrastar públicos”. Mesmo assim os
artistas locais continuam produzindo porque, segundo Guilherme
Rondon, não dependem somente da Mídia. “Os artistas estão
abrindo porteiras. Uma hora essa música vai ser descoberta. O
público de fora gosta muito, nossa música é adorada lá fora”,
destaca.
MÚSICA
E HISTÓRIA
Foi
numa festa de casamento que a historiadora Carla Villamaina Centeno,
40 anos (entrevista realizada em 2004), se espantou com a força que
a música da fronteira exerce na Cultura do Mato Grosso do Sul. A
música alegre, executada no baile, era aclamada com gritos pelas
pessoas da alta sociedade, que chegavam a tirar os calçados ao
dançarem a Polca Paraguaia. “A música é dançada por todas as
classes sociais. Parece que essa Cultura une, aproxima as pessoas”,
concluiu.
Segundo
a historiadora, as crises econômicas do país vizinho, após a
Guerra do Paraguai, impulsionou a migração para o Brasil. A maioria
dos paraguaios eram tratados como “desqualificados e de baixo
nível”. Submetidos à exploração e à miséria, praticavam suas
manifestações culturais como uma forma de resistência, para se
afirmarem, voltarem às suas raízes, aliviando o sofrimento. Este
fato consolidou a Cultura paraguaia como a maior influência
estrangeira no Mato Grosso do Sul.
A
professora analisa que o Brasil não conhece essa face de seu
multiculturalismo.
A
valorização da diversidade cultural através da música é apontada
como positiva, desde que haja algumas precauções. “É preciso
valorizar o regional, porém, sem deixar de olhar para o universal”,
pondera Carla.
POLCA
NO PARAGUAI
Mas
como a Polca se firmou no Paraguai? O educador musical e mestrando em
musicologia pela USP, Evandro Higa, 45 anos (entrevista realizada em
2004), estuda a presença desses ritmos no Mato Grosso do Sul. Ele
conta que a origem mais provável deste gênero está na mistura da
Cultura Guarani com a música espanhola tradicional e as danças de
salão do século 19.
Além
da Polca, existem outros ritmos mais lentos, como o Chamamé. Outra
vertente é a Guanânia, que expressa temas mais melancólicos e
amorosos. Há outro ritmo conhecido como Rasqueado, entretanto,
Evandro defende que este não é um gênero musical. Rasqueado seria
a forma como é tocado o violão ou a guitarra. Alguns estudiosos da
música brasileira citam essa influência estrangeira como
“Paraguaísmo”, fator que teria sido ruim para a música
nacional. Evandro critica este pensamento. Esse gênero é de certa
forma “sul-mato-grossismo”, devido a ligação ancestral que esta
região do Centro Oeste tem com a Cultura Guarani. “Nós temos um
ambiente musical que ainda está por ser descoberto pelo Brasil. Uma
influência guarani que não há em outras regiões do país”,
declara. É nesse contexto que o cantor e compositor Celito Espíndola
destaca a qualidade de conteúdo e de estética da música
sul-mato-grossense. “Quanto mais diferente, mais destaque. Essa é
a maneira de sobreviver no contexto global, trabalhando muitas vezes
contra as tendências”, define.
Para
Celito, os músicos sul-mato-grossenses têm influências do
cotidiano na memória auditiva. Essa herança cultural é misturada
ao contexto contemporâneo, que dá origem a uma música urbana
singular. Ela reflete a realidade do sujeito pós-moderno, que tem
múltiplas identidades e é multicultural.
POLCA-BLUES,
ROCK DE BOTINAS, POLCA-ROCK, GUARÂNIA-REGGAE E GUARÂNEA-JAZZ
Mesmo
diante de tantas influências, a Polca Paraguaia ainda persiste. Isso
é notável na música dos antigos e novos artistas urbanos que criam
diversas releituras dessa influência.
Com
toques de sanfona, Lenilde Ramos mostra seu Polca-Blues. Ela também
se diz precursora do Rock de Botinas, uma espécie de som definido
como “rock para dançar”, que seria um primo da Polca Rock. “O
Rock de Botinas é um som que veio do global para a raiz. A Polca
Rock vem da raiz para o global”, diz a cantora.
Polca
Rock é o ritmo difundido por músicos da nova geração (matéria
realizada em 2004), como Jerry Espíndola e Rodrigo Teixeira. No ano
2000 Jerry divulgava o disco Pop Pantanal no Rio de Janeiro, quando o
amigo e músico Moska alertou sobre fazer diferença no mercado
fonográfico nacional. A música “Colisão” era rock com ritmo
ternário soava como algo novo, desconhecido para os músicos e o
público.
A
fusão musical não era novidade no Mato Grosso do Sul. Jerry já
difundia a sonoridade juntamente com a banda Croa, formada por
Adriano Magoo, Gabriel Sater, Marcelo Ribeiro e Sandro Moreno. Outros
músicos como Rodrigo Teixeira, Caio Inácio e Antônio Porto também
contribuíam no amadurecimento da Polca Rock.
“Eu
não sou o pai da Polca Rock. Apenas peguei esse nome que, na minha
opinião, é apenas um rótulo. Na verdade ele é uma jogada de
Marketing. Ficou mais fácil dar um nome a essa fusão”, esclarece.
Esse
rótulo seria resultado do trabalho de compositores locais mais
antigos. A música “Trem do Pantanal”, de Geraldo Roca e Paulo
Simões, é apontada por Jerry Espíndola como “a primeira
Polca-Rock oficial”. Apesar dos compositores não reconhecerem essa
condição, Jerry defende que eles já faziam Polca-Rock
inconscientemente, experimentando ritmos difundidos na região da
Bacia do Prata, onde “todos bebem da mesma água”.
Para
o caçula da família Espíndola, a Polca-Rock está dentro de um
movimento que é a música sul-mato-grossense, que vem do ritmo
ternário. “A Polca-Rock resgata esses ritmos, porque a tendência
era serem esquecidos. Pelo que sei, no Paraguai o pessoal mais novo
não curte a Polca. Já virou coisa de velho”, conta. (entrevista
realizada em 2004)
Apesar
da resistência de alguns músicos paraguaios, Jerry considera que
este é um processo natural, porque tudo vai mudando. Outros grupos
estão surgindo e propondo novas misturas como a Guarânea-Reggae, a
Guarânea-Jazz, entre outras experimentações. “É um som que não
existe no resto do Brasil”, finaliza.
DIVULGAÇAO
E MERCADO
Lenilde
Ramos, a garotinha que surgiu nos festivais de Campo Grande,
amadureceu e agora questiona: “Por quê a música não tem status
de produto tanto quanto a soja e o boi? Vamos botar ela no mundo,
vamos nos valorizar”, desabafa.
Quanto
à falta de divulgação dessa música, Lenilde diz: “a culpa é
nossa, você não faz música apenas para você. Se ela tem qualidade
a gente tem a missão de botar isso no circuito. Ter a coragem de se
infiltrar”.
Para
ela o artista deve aprender a “vender seu peixe”. O surgimento de
uma geração de produtores culturais no Estado está ajudando nesse
sentido.
Falando
de contexto local, Celito Espindola defende que as rádios de Campo
Grande precisam reformular sua programação e valorizar os artistas
da terra. “Falar para quem está próximo, com espaço voltado a
localidade, mas, sem ser xenófobo”, destaca. Assim, as emissoras
estariam cumprindo seu potencial de inclusão social e cultural.
Sobre
os artistas, ele argumenta que é preciso haver uma “convergência
de intenções e propostas” para sedimentarem um mercado
fonográfico mais forte.
(todas
as entrevistas realizadas em 2004)
EXPERIMENTE OUVIR A MÚSICA DO MATO GROSSO DO SUL COMENDO CHIPA, SOPA PARAGUAIA OU TOMANDO TERERÉ:
EXPERIMENTE OUVIR A MÚSICA DO MATO GROSSO DO SUL COMENDO CHIPA, SOPA PARAGUAIA OU TOMANDO TERERÉ:
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